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  • Foto do escritorAnna Naylor

A Queda: 90 minutos de mãos suando e coração acelerado [REVIEW]

Dirigido por Scott Mann, o filme A Queda traz a história das melhores amigas Becky (Grace Caroline Currey) e Hunter (Virginia Gardner), que vivem para superar seus medos e ultrapassar seus limites. Mas depois de subir 600 metros até o topo de uma torre de TV remota e abandonada, eles se encontram sem saída. Agora, as habilidades de escalada de Becky e Hunter serão postas à prova enquanto lutam desesperadamente para sobreviver aos elementos, à falta de suprimentos e à uma altura absurdamente vertiginosa neste thriller cheio de adrenalina co-estrelado por Jeffrey Dean Morgan.


Becky, uma vez uma ávida alpinista, agora se encontra estagnada após a morte de seu marido – que ela e sua melhor amiga, Hunter, testemunharam de perto enquanto atravessavam um penhasco. Hunter é uma influenciadora, livre e imprudente, mas muito competente. Ela convence sua amiga a escalar uma torre enferrujada no meio do deserto, esperando que essa aventura tire Becky de seu luto. Enquanto as duas sobem a torre, Mann habilmente constrói uma tensão vertiginosa. A torre range e geme; o chão abaixo se distancia terrivelmente enquanto as mulheres sobem uma escada longa e corroída.


Com um trabalho de câmera inteligente e alguns efeitos visuais criteriosamente aplicados, Mann dá ao filme um imediatismo surpreendente. É uma coisa impressionante, essa jornada ao céu, obviamente condenada. A escada quebra e seus celulares não funcionam, e ninguém sabe que eles estão lá em cima.


Currey e Gardener interpretam de forma convincente esse pesadelo, oscilando entre a calma e o foco de tentar resolver um problema difícil, e o total desespero dessas duas amigas, percebendo a desesperança fatal de sua situação. Um segredo da história de fundo é revelado, é claro, provocando uma ruptura no relacionamento das duas, mas que logo é resolvido, tendo em vista que existem maiores problemas no momento.


Até o que poderia ser considerado o único grande passo em falso da narrativa de A Queda - uma reviravolta que traz uma crueldade extra para o filme, de uma forma quase clichê - não incomoda, tampouco compromete a obra. Por mais que a gente saiba que as duas atrizes não estavam realmente no topo de uma enorme antena enquanto Mann e sua câmera os circulavam em um helicóptero, é exatamente isso que parece – o que é muito supreendente quando levamos em consideração o pequeno orçamento de US$ 3 milhões.


A Queda é um filme B de suspense muito bem feito e emocionante. Se você estiver procurando por 90 minutos de mãos suadas e coração acelerado - esse é seu filme.


A Queda estreia dia 29 de novembro nos cinemas brasileiros

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