Nesse dia 31 de outubro, paro para analisar essa tão querida franquia, que nos trouxe filmes excelentes - e muitos filmes bem ruins também. Resolvi então fazer o ranking para vocês, do pior ao melhor dos filmes Halloween.
13. Halloween: Ressurreição (2002)
Se eu tivesse uma máquina do tempo eu provavelmente voltaria para não perder os 90 minutos de vida que eu perdi assistindo esse filme. É muito ruim. Mesmo. Eu imagino a reação de John Carpenter ao saber que 24 anos depois do primeiro filme, Michael Myers estaria lutando contra um rapper chamado Busta Rhymes em um filme de US$ 15 milhões.
12. Halloween 6: A Maldição de Michael Myers (1995)
Para ser justo, esse poderia pelo menos ser um filme divertido, mas o diretor Joe Chappelle geralmente alterna entre dolorosamente chato ou profundamente desagradável. A Maldição de Michael Myers se esforça para explicar que Michael Myers não é apenas um homem aleatório que pode aparecer em sua casa a qualquer momento e esfaqueá-lo com uma faca, mas sim o peão de um antigo culto amaldiçoado com imortalidade e uma necessidade sobrenatural de matar na noite de Halloween, especificamente. O filme é simplesmente uma monótona bagunça superexplicada.
11. Halloween 5: A Vingança de Michal Myers (1989)
Halloween 5: A Vingança de Michael Myers não é tecnicamente tão ruim quanto o filme que veio depois, mas a história é apenas uma série slasher que perdeu oficialmente qualquer noção do que a tornou tão boa em primeiro lugar. Ainda por cima traz a pior máscara de todas.
10. Halloween II (2009)
Se você esquecer totalmente que você está assistindo um filme da franquia Halloween, esse filme pode até ser bom, mas não é o ponto aqui para nós, não é mesmo? O segundo filme dirigido de Rob Zombie é cheio de piadas e referências, mas quase desprovido de inteligência. Bastante gore, pouca história.
9. Halloween (2007)
Halloween é um filme sendo violentamente puxado em duas direções, preso entre a reverência ao original de Carpenter – uma aula de sutileza – e o desejo do mágico Rob Zombie de cavar mais fundo nas valas. O resultado parece de alguma forma desnecessário e esmagador, uma imagem familiar que acabou de ser pintada, mas com uma nova camada de sujeira e fuligem.
8. Halloween 3: A Noite das Bruxas (1982)
A crítica curte esse filme, mas o fã não costuma falar bem. Eu fico no time dos indecisos. Se esse filme não fizesse parte da franquia Halloween e fosse intitulado outra coisa, eu daria uma classificação mais alta. Quando vi este filme esperava ver Michael Myers mas este filme não tinha nada a ver com ele. Foi uma história completamente diferente e foi em uma direção totalmente inesperada - uma empresa chamada Silver Shamrock que vendia máscaras para basicamente derreter as cabeças das crianças no Halloween.
7. Halloween 4: O Retorno de Michael Myers (1988)
É um filme “bom”? Amigo, você me pegou, mas acho O Retorno de Michael Myers super reassistável, e que também ofereceu um caminho interessante para a franquia. Sem Jamie Lee Curtis envolvida, Halloween 4 gira em torno da filha de Laurie, Jamie (Danielle Harris), cuja conexão semipsíquica com seu tio homicida transforma Michael em um bicho-papão literalmente saído dos pesadelos de uma criança.
6. Halloween Ends (2022)
Provavelmente o filme mais decepcionante de todos, Halloween Ends acaba deixando evidente a natureza desconexa desta trilogia. A narrativa abrangente carece de fluidez orgânica e até parece desconsiderar entradas anteriores de maneiras específicas. Exceto por Laurie Strode, a trilogia se baseia no conceito cansativo de trauma e seu impacto em uma comunidade como o único tecido conjuntivo. Isso e o desejo de ignorar totalmente a ideia principal de um filme Halloween.
5. Halloween 2: A Matança Continua (1981)
Halloween 2 é essencialmente a cena pós-créditos mais longa já feita. É um bom filme, talvez um pouco redundante, apenas. Mas sua maior contribuição é a revelação de que Michael e Laurie são, de fato, irmãos perdidos há muito tempo, uma reviravolta que Carpenter - de volta como co-escritor e produtor - atribuiu muitas e muitas vezes a principalmente estar um pouco bêbado e irritado com ter que continuar uma história que ele sentia que já funcionava sozinha.
4. Halloween Kills (2021)
Há algumas coisas que impedem Halloween Kills de ser o grande filme que poderia ter sido, mas vamos começar com o fato de que pessoas aleatórias gritando agressivamente “O mal morre esta noite!” é muito engraçado, e não tenho certeza absoluta de que este filme – que apresenta dezenas de momentos engraçados de propósito – está totalmente ciente disso. Tudo vira uma bola de neve a partir daí, realmente.
3. Halloween H20: Vinte Anos Depois (1998)
Curtis faz uma performance maravilhosa como uma Laurie Strode que vive com medo persistente a cada momento de sua vida, mas não deixou esse mesmo medo defini-la. O fato de Michael Myers ainda retornar nesse ponto – quando ele, finalmente, não é a coisa mais importante em sua vida – é o ponto mais eficaz que qualquer filme de Halloween já fez sobre o tipo de cicatriz mental que pode sarar, mas não desaparecer... Fora do original, não há momento mais arrepiante em toda a franquia do que Michael e Laurie chegando de cada lado daquela janela redonda, separados por um fino painel de vidro e duas décadas de pesadelos.
2. Halloween (2018)
Uma das colinas de terror mais atrevidas em que estou feliz em morrer é que todos nós ficamos um pouco loucos demais para o remake/continuação de David Gordon Green em 2018, Halloween. É bom, beirando o espetacular - um filme que entende o que torna o Halloween exclusivamente Halloween. O fato dessa trilogia ignorar totalmente os piores filmes da franquia também ajuda muito.
1. Halloween (1978)
O primeiro filme da franquia, de John Carpenter é incomparável. Nem sei se deveria estar nessa lista - compará-lo aos outros é quase um sacrilégio. Realmente não pode ser exagerada o quanto da genialidade do Halloween decorre de sua simplicidade - o principal motivo pelo qual falamos incansavelmente desse filme há 44 anos. Um louco com uma faca retorna a uma cidade que se parece com a sua, mata crianças inocentes que poderiam facilmente ser você e não oferece rima ou razão. O olhar em seu “rosto” não é nada; sem emoção, sem remorso, sem humanidade. John Carpenter entra para o hall dos gênios, imortalizado em um trabalho digno de replays infinitos.
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