Longlegs segue a agente do FBI Lee Harker cujas percepções apuradas fazem com que ela fosse marcada como uma possível médium e isso faz com que ela seja colocada no caso do serial killer Longlegs.
O assassino deixa notas codificadas, mas assinadas, para trás em uma série de aniquilações familiares. Em cada caso, está claro que o pai empunhava a arma, antes de virar a arma em si mesmo. Ele deve ter sido obrigado de alguma forma, mas não há sinal de entrada forçada.
Lee Harker é interpretada pela sempre surpreendente Maika Monroe (Corrente do Mal), e dessa vez há algo diferente nela - as linhas apertadas de sua boca, o olhar ligeiramente desfocado e a maneira como ela vibra gentilmente sempre que é forçada a interagir com outras pessoas. Isso faz dela o maior patrimônio da investigação e seu maior alvo.
O assassino Longlegs flutua no legado de serial killers eternizados na história como Charles Manson e até mesmo o Zodíaco, e é interpretado de forma excepcional por Nicolas Cage. Sem dar nenhuma pista, a dedicada performance de Cage — diferente de tudo que ele já fez antes — prova ser quase uma espécie de distração sombria e cômica.
Longlegs provavelmente atrairá comparações, de Zodíaco a O Silêncio dos Inocentes, o que, embora seja uma prova do impacto que deixa, é apenas parte do quadro. Claro, o diretor e roteirista Oz Perkins tem a disciplina formal de alguém como David Fincher, nunca usando várias tomadas desnecessárias quando uma única e decisiva serve. No entanto, o que distingue sua abordagem é que ele dá grandes saltos, nos libertando da realidade para criar imagens maravilhosamente assustadoras.
Longlegs é alimentado por uma sensação de pavor sempre presente que nunca desaparece, uma história envolvente e personagens fascinantes, excepcionalmente atuados. Suas imagens assustadoras permanecem na mente por dias, quer você queira ou não, fazendo do filme, um dos melhores dos últimos anos.
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